Minicurso de psicologia tomista: a relação entre o intelecto e a vontade.
Você sabe qual entre as potências da alma é a superior: a inteligência ou a vontade?
A alma, segundo Santo Tomás, é o primeiro princípio pelo qual sentimos, nos movemos, desejamos as coisas e conhecemos de maneira espiritual.
Se a alma do homem é a mesma do cavalo, sua atividade deve ser igual a do cavalo. Se a alma do homem é igual a da pedra, sua operação será idêntica a de uma pedra.
Se a alma do homem é igual a de um anjo, ora, sua maneira de obrar será unívoca a de um anjo.
A alma define o ser, e como o obrar segue o ser, a alma define também nossas atividades e potências.
Encontramo-nos desde o século XVI e XVII em uma psicologia que já não faz mais reflexão sobre a essência da alma, mas que, como foi chamada finalmente no século XIX, quer ser uma 'psicologia sem alma’, como dizia Edith Stein.
Esta psicologia colide com a noção clássica de psicologia que tem em Aristóteles seu fundador: a ciência da alma humana. Dizia o filósofo de estagira: é preciso entender o que é a alma para saber o que ele pode fazer, sentir, conhecer, desejar.
Se perguntarmos hoje a um estudioso do tema, ele não saberá definir o que é a alma. Fala se constantemente das suas atividades, principalmente das atividades afetivas e emocionais, das volições e desejos etc. Mas, sem se falar do Quid da alma, isto é, do O que é a alma.
Mas será a atividade principal do homem reduzida a emoções e sentimentos?
Neste minicurso entenderemos quais são as duas potências superiores da alma humana e qual sua relação com a essência própria do homem: A INTELIGÊNCIA E VONTADE.
De que modo elas devem ser entendidas, como elas se relacionam, qual a superior?