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O curso, em parceria com o Instituto de Psicologia e Arte (IPA), é voltado tanto para pesquisadores da área de filosofia e de psicologia quanto para leigos interessados no tema (não é preciso conhecimento prévio nem do tema nem do pensamento de Jean-Paul Sartre). Este curso pretende fornecer elementos para uma melhor compreensão da nossa sociedade e de nosso tempo.
Serão 15 aulas expositivas de 2 horas cada, online e via Zoom (com a gravação e posterior disponibilização das aulas realizadas durante o curso).
Neste curso, discutiremos a noção mais original cunhada pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre. Em sua obra mais importante, O Ser e o Nada (de 1943), a noção de má-fé surge como o epicentro nervoso de seu estudo sobre a condição humana. Da herança fenomenológica ao problema ético lançado no final da obra, a análise da má-fé humana representa um caso exemplar da sua obstinada procura por uma filosofia concreta.
A má-fé nada mais é do que condutas de fuga empreendidas pelo homem ao se descobrir responsável por suas escolhas, ao sentir o peso da liberdade que o obriga a decidir por sua própria sorte. Da radical liberdade concebida por Sartre no existencialismo, a experiência da má-fé é o seu contraditório, o seu negativo, a tensão que acaba por expandir os limites da própria condição humana.
Estudar a má-fé sartriana é analisar o modo de ser do homem, sua relação com o outro, sua atuação em comunidade e as consequências filosóficas das escolhas humanas. A má-fé em Sartre está entre a efetividade do agir humano e as reflexões ético-políticas sobre a existência. Sartre, para tanto, recorrerá a situações cotidianas para construir o conceito: um encontro amoroso, a relação com um garçom no bar, uma caminhada no campo, o martírio de um jogador diante do cassino, etc..